quinta-feira, 1 de agosto de 2013

UMA VISÃO INCLUSIVA DA EDUCAÇÃO

Hoje entendemos que a escola para ser inclusiva deve atender à diversidade de seus alunos e buscar as respostas individuais para as necessidades educativas de todos. Se antes o aluno com deficiência deveria adaptar-se à escola, com a Política Nacional da Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva é ela que deve adaptar-se ao aluno, para que isso, ocorra conjugam-se responsabilidades e parcerias nessa integração e inclusão dos alunos com deficiência nas escolas de ensino comum.
No tocante a uma responsabilidade educacional importantíssima entra em cena o Atendimento Educacional Especializado (AEE) que é um serviço da Educação Especial que identifica, elabora e organiza os recursos pedagógicos e de acessibilidade que eliminem as barreiras para a plena participação dos alunos, considerando as suas necessidades específicas. Ele deve ser articulado com a proposta da escola regular, envolver a participação da família e ser realizado em articulação com as demais políticas públicas. As suas atividades se diferenciam das realizadas em sala de aula de ensino comum. Ele deve ser realizado no período inverso ao da classe frequentada pelo aluno e preferencialmente na mesma escola, porém há a possibilidade desse atendimento acontecer em uma escola próxima ou em centros especializados.
Nas escolas de ensino regular o AEE deve acontecer em Sala de Recursos Multifuncional (SRM) que é um espaço organizado com materiais didáticos, pedagógicos, equipamentos tecnológicos, recursos de acessibilidade e profissionais com formação para o atendimento às necessidades educacionais especiais dos alunos que são público alvo da Educação Especial (alunos com deficiência, transtorno global do desenvolvimento e altas habilidades/superdotação). A SRM não pode caracterizar-se como espaço de reforço escolar ou complementação das atividades escolares.
O ensino da Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS) e do Código Braille, utilização de recursos da tecnologia assistiva, como a comunicação alternativa e os recursos de acessibilidade ao computador, a orientação e mobilidade, a preparação e disponibilização ao aluno de material pedagógico acessível são exemplos práticos de AEE. Essa prática é planejada para oferecer suporte necessário aos alunos com deficiência favorecendo o acesso ao conhecimento.
O professor que atua no AEE deve ter formação para o exercício do magistério e conhecimentos específicos de Educação Especial, adquiridos em cursos de aperfeiçoamento e de especialização. Ele acompanha a trajetória acadêmica de seus alunos, no ensino regular contribuindo para que eles possam atuar com autonomia na escola e em outros espaços da sua vida social. O professor do AEE deve atuar de forma colaborativa e interdisciplinar com o professor da classe comum com a intencionalidade de definir estratégias pedagógicas que favoreçam o acesso ao aluno ao currículo e a sua interação no grupo, entre outras ações que promovam a educação inclusiva.
Para trabalhar as reais necessidades educacionais dos alunos com deficiência, respeitando os ritmos e estilos diversos de aprendizagem e facilitando o processo de inclusão, o professor do AEE deve dar mais visibilidade as suas ações pedagógicas através do plano de atendimento, identificando diversos aspectos relacionados ao desenvolvimento e aprendizagem dos educandos.


Constata-se que quanto mais o AEE for oferecido na escola comum, mais ele estará contribuindo e afirmando o seu papel de oportunizar a inclusão de alunos com deficiência, evitando atos discriminatórios como privá-los ou segregá-los de um ambiente de formação e integração comum à todos.