Hoje
entendemos que a escola para ser inclusiva deve atender à
diversidade de seus alunos e buscar as respostas individuais para as
necessidades educativas de todos. Se antes o aluno com deficiência
deveria adaptar-se à escola, com a Política Nacional da Educação
Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva é ela que deve
adaptar-se ao aluno, para que isso, ocorra conjugam-se
responsabilidades e parcerias nessa integração e inclusão dos
alunos com deficiência nas escolas de ensino comum.
         No tocante a
uma responsabilidade educacional importantíssima entra em cena o
Atendimento Educacional Especializado (AEE)  que é um serviço da
Educação Especial que identifica, elabora e organiza os recursos
pedagógicos e de acessibilidade que eliminem as barreiras para a
plena participação dos alunos, considerando as suas necessidades
específicas. Ele deve ser articulado com a proposta da escola
regular, envolver a participação da família e ser realizado  em
articulação com as demais políticas públicas. As  suas atividades
se diferenciam das realizadas em sala de aula de ensino comum. Ele
deve ser realizado  no período inverso ao da classe frequentada pelo
aluno e preferencialmente na mesma escola, porém há a possibilidade
desse atendimento acontecer em uma escola próxima ou em centros
especializados.
          Nas escolas
de ensino regular o AEE deve acontecer em Sala de Recursos
Multifuncional (SRM) que é um espaço organizado com materiais
didáticos, pedagógicos, equipamentos tecnológicos, recursos de
acessibilidade e profissionais com formação para o atendimento às
necessidades educacionais especiais dos alunos que são público alvo
da Educação Especial (alunos com deficiência, transtorno global do
desenvolvimento e altas habilidades/superdotação). A SRM não pode
caracterizar-se como espaço de reforço escolar ou complementação
das atividades escolares. 
          O ensino da
Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS) e do Código Braille,
utilização de recursos da tecnologia assistiva, como a comunicação
alternativa e os recursos de acessibilidade ao computador, a
orientação e mobilidade, a preparação e disponibilização ao
aluno de material pedagógico acessível são exemplos práticos de
AEE. Essa prática é planejada para oferecer suporte necessário aos
alunos com deficiência favorecendo o acesso ao conhecimento.
     O professor que
atua no AEE deve ter formação para o exercício do magistério e
conhecimentos específicos de Educação Especial, adquiridos em
cursos de aperfeiçoamento e de especialização. Ele acompanha a
trajetória acadêmica de seus alunos, no ensino regular contribuindo
 para que eles  possam atuar com autonomia na escola e em outros
espaços da sua vida social. O professor do AEE deve atuar de forma
colaborativa e interdisciplinar com o professor da classe comum com a
intencionalidade de definir estratégias pedagógicas que favoreçam
o acesso ao aluno ao currículo e a sua interação no grupo, entre
outras ações que promovam a educação inclusiva.
          Para
trabalhar as reais necessidades educacionais dos alunos com
deficiência, respeitando os ritmos e estilos diversos de
aprendizagem e facilitando o processo de inclusão, o professor do
AEE deve dar mais visibilidade as suas ações pedagógicas através
do plano de atendimento, identificando  diversos aspectos
relacionados ao desenvolvimento e aprendizagem dos educandos. 
      Constata-se que
quanto mais o AEE for oferecido na escola comum, mais ele estará 
contribuindo e afirmando o seu papel de oportunizar a inclusão de
alunos com deficiência, evitando atos discriminatórios como
privá-los ou segregá-los de um ambiente de formação e integração
comum à todos.